sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Na Praia


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A gente já namorava há uns mezezinhos e resolvemos passar um finde em Peruíbe, sabe, litoral, ele alugou um chalezinho pela internet, coisa simples, fomos pra lá numa sexta à tarde, me buscou na facu e fomos, viajamos com receio, chalé, deve ser roubada, mas íamos ter que aguentar. E não é que no fim era bom, puta lugarzinho legal, arrumadinho, simples, camas no chão, uma mesinha, mas legal, com um verde em volta, um pessoal bacana, tinha uns quiosques entre os chalés, tinha uma galerinha fazendo um churrasco, legal, viu, fizemos amizade, tomamos uma, céu estrelado. Dia seguinte, cara, que solão do cacete, praia, e eu branca pra caralho, não, linda, linda! acreditei nele, botei um biquíni verde velhinho, mas de que eu gostava tanto, e praia, beleza, caipirinha, vira pra um lado, outro, pegando um bronze, tentando, vai, de volta só bem tarde, quase noitinha, vamos comer hoje à noite onde? Ah, tomar um banho e a gente resolve depois?  querido, então vou indo tomar banho, belê? deixa eu ir antes, linda, que eu tô suado pra caralho, e sujo de areia? vai...putz, véio, eu tava dizendo aquele “vai” com reticências, aquele vai de mulher, aquele que quer dizer o contrário do que disse, e o filhodaputa não percebeu. Será que ele não vê que eu também tô suada, e com uma caralhada de areia em mim também, dentro da porra do biquíni, dentro da calcinha, areia enfiada no meu cu, no meu rego todo, na minha buceta, e o bonitão foi tomar banho, mas é de fuder mesmo. bom, era isso que eu tava pensando, era isso que eu achava, e resmungava, xingava e ia me livrando das minhas havaianas e  entrando na cama, improvisada no chão daquele chalezinho, era o que pensava enquanto ia engatinhando sobre os lençóis limpinhos, e eu suja, mas foda-se, vou deitar aqui mesmo, e engatinhava até o meu canto da cama, o do lado direito, que é o que mais gosto, era isso que eu pensava até que, pelas costas, ouvi um clique, o puta que o pariu dum clique, e era ele, ele não tinha entrado na porra do banho, me enganou, tava fazendo de conta o desgraçado, tava fingindo que ia tomar banho para me pegar numa foto do caralho, no flagra, de 4, na cama, e pegou mesmo, tirou a merda da foto. meu, foi uma sensação estranha. por um lado eu tava puta pela foto, porra, véio, tirar uma foto minha assim, de surpresa, sacanagem. por outro lado, eu tava feliz, ele não tinha sido egoísta, ele fez isso de ir antes pro banho de tesão, mas eu fiquei de cara feia, emburrada, fica não, linda,  e o viadinho ficou rindo, e eu já ficava imaginando que daqui a pouquinho ele estaria era comigo, suado mesmo, nós dois, com areia e misturados. mas fiquei firme, emburrada, só não aguentei e sorri de volta, sabe aquele sorriso com as bochechas, de leve, foi quando vi que o pau dele tava duro dentro da sunga, esticando a sunga, com a ponta da cabecinha transbordando pra fora. Aí eu tinha de sorrir de volta, tinha de desemburrar, que eu não sou de ferro, sou mulher de carne e osso.



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chega então pra cá, eu disse, desse jeito mulher que nós temos, meio molemente, meio insolente, sabe, e ele me apontou a porra do dedo do meio e olhou pro próprio pau duro dentro da sunga, acredita, desse jeito, dessa porra de jeito homem que eles têm, meio filhadaputamemte de um lado, meio filhadaputamente do outro também, que porra é essa, enfia esse dedo no teu cu, véio, tô sendo carinhosa com você, seu bosta do caralho... eu sei, eu sei, sou mesmo boca suja , é isso que tá pensando enquanto lê, eu sei, mas vai te catar me dizer que isso não fica bem em mulher, primeiro porque ainda sou nova e segundo porque tô cagando pro que você que tá lendo essa porra pensa, não tô querendo te convencer de nada, tô contando a verdade, e se quer saber mesmo a verdade, tô mesmo é escrevendo pra mim, tô desabafando, você é mera causa ocasional do meu desabafo, você tava aí, leu e pronto, eu não, eu tava lá, eu sei, eu vivi na pele, eu.  bom, só que o foda mesmo é que embora eu possa dizer tudo isso de você que tá lendo, te xingar, provocar e tal, sei que não pode descontar em mim, no máximo, vai descontar no seu pau, na punheta que deve estar batendo, mas, o meu homem, aquele que tava olhando pro pau e me mostrando o dedo, esse tava muito perto de mim, véio, essa eu aprendi naquele dia, aprendi que posso ser cruel, sacana, boca suja, cusona, putana, feminista, macho, com quem eu quiser, contanto que o tal do quem eu quiser esteja a uma boa distância de mim, nem seja tão maior e mais forte e mais bruto do que eu, foi tudo tão rápido, entre a última coisa que eu disse a ele ...seu bosta do caralho... e eu estar de pé, de costas, com o cu aberto pra ele e seu o dedo enfiado até o talo no meu cu, com a maior força que eu já senti na vida até hoje, entrando seco e rasgado, que nem farinha na garganta da gente, que nem se fosse uma farinha grossa que rasga mas que tem um tamanho que dilatasse a garganta toda, sabe, ah, você não sabe nada, você é homem, só quem sabe isso é mulher ou viado, você é viado? Acha que viado é fraco, né? viado e mulher são os mais fortes, aguentar isso que eu tô te contando tem que ser por demais forte, você não, só  soca uma, mete na mulher, você é um cagão, todo homem é um cagão.
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passaram-se uns trinta segundos, mas houve nesse meio tempo muita coisa. lembro dele, sua cretina, acha que é quem pra falar assim comigo, lembro de pensar em responder que não, que só foi no susto, que desculpasse, que...mas ele já estava com o chinelo dele na mão, com a porra da havaianas 42 dele enfiada na minha cara, num estouro que me fez gritar, lembro de pensar em dizer que ele é que tinha culpa, que tinha me mostrado o dedo, que eu não queria apanhar dele, mas não deu tempo, ele, que já me segurava pelos cabelos, puxando pra cima e me fazendo ficar ajoelhada na cama, já explodia de novo com  o chinelo na minha cara, do outro lado agora, e meu corpo ajoelhado já ficava agora mudo, ressentido, em silêncio, e meu rosto completamente vermelho, já estava agora baixo, olhando pro chão, conformado e arrependido. meu, sempre curti apanhar, sempre me deu um tesão louco, mas nunca, nunca em minha vida toda tinha apanhado assim, só uns tapinhas na bunda, mas nunca assim, de verdade, na real, na cara, de chinelada, e de um chinelo que abrigava um pé tão grande como o dele. ele me viu quieta, chorosa, me puxou pelos cabelos ,e me mandou ficar de costas, abra a  bunda, e aí você já sabe, pois já te contei, véio, enfiou seco o dedo rasgando meu cu. mas acho que eu também, de certa forma, do meu jeito, fui forte, não gemi, não chorei, não xinguei mais o cara, senti o dedo dele me rasgar as pregas, senti doer, arder, sabia que ia ser varada, humilhada, fodida feito um animal dali em diante, sabia que ele ia se aproveitar de mim, ia se lambuzar em mim, que ia me doer o cu o resto da viagem toda, mas eu estava ali firme, quieta, conformada? a gente aprende sempre alguma lição, e aquilo me mostrou quem é que era o macho ali, quem é que mandava e quem é que obedecia, e se isso me punha, por um lado, numa situação secundária, submissa, véio, tenho que confessar, por outro lado, me dava uma segurança estranha, um certo conforto constrangedor, será que consegue entender?  e assim eu até sentia carinho por aquele homem, aquele cara de gestos fortes atrás de mim, rasgando com seus dedos grossos o meu cu, na época, ainda tão fechadinho.


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ajoelhada na cama, é isso que quer, ok, e fui, não resistia mais, abre a bunda com as mãos, eu fui, e meu cu ficou ali, exposto, pra ele, aberto, ele pegou um consolo e eu achei que ele enfiaria no meu cu, mas foi só pra eu não me assustar, pois vocês não acreditam no que ele ia me fazer, não acreditam, mas eu conto, eu conto, ele enfiou um dedo, e tirou com rapidez e força, uma estocada só, eu estranhei, aí enfiou outro, junto com o anterior, enfiou dois, numa estocada só de novo, com a mesma rapidez e força, e tirou, os dois dedos socados no meu cu não fizeram estrago, mas você já começa a imaginar o pior, sabe do que eu tô falando, cê fica imaginando que aquele porra vai num crescendo que não iria parar, e, o pior de tudo, é que foi exatamente isso que aconteceu, foi exatamente assim que fez aquele porra daquele homem, meu cu aberto, as pregas estufadas dos dois primeiros dedos, um instante, clima tenso, ninguém falava nada, e ele veio outra vez, três dedos, e eu gritei, cachorro, filhodaput...nem terminei o cafajeste de novo, quatro dedos enterrados no meu cu, dessa vez não entrou fácil, e outra, acha que ele tinha passado alguma coisa, passou o caralho, claro que ele tinha um KY com ele, ali do lado, na bolsa dele, mas acha que ele ia usar e me tirar a possibilidade de sofrer, de experimentar dor pelas mãos dele, ele sentia um prazer danado em me ver sentir dor, em me ver assim, se tirou rápido os dedos? tirou nada, dessa vez ele deixou, deixou os quatro dedos lá, eu urrava e xingava ele, rebolava tentando me livrar dos dedos, comecei a chorar, aí ele tirou, parou, olhou pra mim, sorrio, e disse, linda, não quero que chore, tá tudo bem, e passou a mão no meu rosto, achei que ia me bater, de sacanagem, mas não, passou a mão mesmo, fez um carinho, sorrio de novo, abriu a bolsa, pegou o KY, pediu pra eu ficar de novo de joelhos, abriu minha bunda que tava sangrando já, limpou, esperou parar, passou o KY, pediu pra eu segurar de novo a minha bunda aberta que nem antes, e colocou, dessa vez, incrivelmente sem dor, pra meu alívio, os cinco dedos, não a mão toda, não o punho, nada disso, foi bonzinho, queria mostrar que sabia ser bom comigo, pôs só o comecinho dos dedos, mas todos os cinco de uma vez, e me disse, pronto, chega, parabéns, linda, você conseguiu, tirou os dedos, pediu pra eu não me mexer, bateu uma punheta de pé, com, a mãos que tava até agorinha na minha bunda, comigo ajoelhada de costas pra ele, e esporrou quente, morno, afavelmente no meu cu, nas minhas costas, e eu recebi aquele jorro como uma libertação, como um unguento, como se uma pomada nas minhas feridas, me deu um beijo, e foi tomar banho.




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quando me virei, eu estava acabada, completamente estarrecida, como se tivesse finalmente escapado de um assalto, de um louco, de um abusador, a quem para minha extrema indignação íntima eu sentia que amava, deitei pensando que porra que eu estava fazendo da vida com aquele homem tão bruto, olhei pro lado, e achei um bilhete propositadamente deixado ao alcance fácil da minha vista, incrivelmente lindo, delicado, me fazendo sentir a pessoa mais querida do mundo, mas que porra de homem é esse, tão ambíguo, tão paradoxal, eu pensava, o bilhete pedia pra eu abrir a gaveta, abri, uma caixa, uma jóia, linda, linda, linda, deve ser cara demais, que louco, estava assim, quando ele saiu do banho, hoje vamos sair, tomar um vinho, hoje você merece o melhor, e, como da primeira vez que ele voltava da banheiro, eu sorri, com as bochechas, de novo,  tinha como não? Tinha como escapar, como não continuar com um homem desse? Não responda, leia e guarde pra você, eu sou eu, e assim, acho que sou feliz, que é o máximo que a gente consegue nessa porra dessa vida.  

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ATENÇÃO

Amigos, cansei de ser expulsa do face, nem todo mundo tolera ou consegue ver na pornografia e no exibicionismo uma arte, como eu e nós daqui vemos.

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rafaella Turim